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Boa parte dos suplementos esportivos é elaborada a partir de hipóteses levantadas ao observar reações de substâncias em nosso organismo, mas nem sempre elas são confirmadas ou bem-sucedidas na prática. Esse é o caso da Ribose ou D-Ribose, suplemento que foi alvo de vários estudos no início dos anos 2000, mas acabou perdendo força entre os pesquisadores por não ter seus benefícios confirmados pela ciência.

A seguir, explicamos o que se sabe sobre o suplemento D-Ribose.

 

O que é D-Ribose?

A D-Ribose é um tipo de carboidrato simples (monossacarídeo) produzido pelo nosso próprio organismo.

A substância possui uma estrutura molecular diferente da glicose — tem cinco átomos de carbono, enquanto a glicose apresenta seis. Essa característica faz com que a D-Ribose tenha funções diferentes, como a de participar da formação de estruturas químicas, da molécula de ATP por exemplo, responsável por gerar energia mecânica e possibilitar a contração muscular. Esse carboidrato também compõe o nosso DNA.

 

Por que o suplemento é consumido por quem treina?

Muitas pessoas passaram a ingerir a D-Ribose pois acreditava-se que sua suplementação beneficiaria a prática de exercícios anaeróbicos de alta intensidade (corridas curtas e musculação, por exemplo). Tudo com base na ideia de que esse tipo de atividade degrada grande quantidade de ATP e também de seus substratos (inclusive a D-Ribose), o que impactaria no desempenho no esporte e a recuperação do esportista no pós-treino.

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No entanto, ainda hoje não está claro o quanto o exercício físico é capaz de diminuir as concentrações de ATP e D-Ribose a ponto de causar uma deficiência no organismo, impactar o rendimento do esportista e exigir a suplementação.

 

O suplemento acelera a recuperação e reduz a dor pós-treino?

Uma pesquisa publicada no Journal of the Worldwide Society of Sports activities Vitamin apresentou um efeito positivo do grupo que consumiu a D-Ribose na redução da dor de início tardio —aquela que sentimos cerca de dois dias depois de malhar. No entanto, os especialistas dizem que esse é um resultado questionável, já que a dor é algo muito subjetivo para cada pessoa.

 

A D-Ribose melhora o desempenho físico? – “bcaa d ribose”

Apesar da hipótese de que a suplementação de D-Ribose poderia repor a substância que foi degradada no exercício, com objetivo de restaurar as moléculas de ATP e, consequentemente, adiar a fadiga e melhorar o rendimento físico e a recuperação de atletas, a maioria dos estudos realizada com humanos não comprovou esses benefícios. Não à toa a D-Ribose está na lista dos suplementos com pouca ou nenhuma evidência científica divulgada pelo próprio Worldwide Society of Sports activities Vitamin (ISSN) e sequer é citada no documento de suplementação do COI (Comitê Olímpico Internacional).

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Um estudo publicado no Journal of Utilized Physiology, por exemplo, concluiu que o consumo de 16 g (4 doses de 4 g cada) do suplemento por dia não ajudou na recuperação de ATP, na força muscular e na produção de potência nos treinos. Uma das possíveis explicações pela falta de resultados é o fato de a D-Ribose ser apenas uma parte da estrutura da molécula de ATP, sendo necessárias outras substâncias, como adenina e fosfato, para a energia ser gerada de fato.

Outra análise, publicada no Scientific Journal of Sports activities Medication, avaliou os impactos no rendimento de um grupo de remadores que consumiu dextrose e de outro que ingeriu D-Ribose durante oito semanas. Resultado: quem consumiu dextrose teve um melhor desempenho. Portanto, se a preocupação é ter energia, o consumo desse tipo de carboidrato (glicose) já seria suficiente para ajudar no desempenho e na recuperação pós-treino.

Por outro lado, um estudo publicado no Journal of the Worldwide Society of Sports activities Vitamin mostrou certa ação do suplemento D-Ribose na melhora da capacidade respiratória em atividades moderadas, como corrida de longa distância e ciclismo. Mas, ainda assim, apenas um dos sete marcadores de redução de fadiga analisados na pesquisa apresentou um resultado positivo, o que mostra serem necessários mais estudos para confirmar esse benefício.

Já uma pesquisa americana realizada com indivíduos treinados que consumiram 10 g de D-Ribose durante quatro semanas mostrou que eles tiveram um ganho significativo de força em comparação ao grupo placebo. Isso é um indicativo de que o suplemento poderia beneficiar o rendimento em exercícios como a musculação. No entanto, os participantes não apresentaram mudança na composição corporal, ou seja, não houve ganho de massa muscular.

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Qual a diferença entre a D-Ribose e outros suplementos de carboidratos?

A dextrose e a maltodextrina, por exemplo, são rapidamente convertidas em glicose ao passarem pelo processo de digestão. Ambas têm a função de fornecer “combustível” para o organismo gerar ATP e, enfim, liberar energia mecânica para manter o esportista em movimento.

Já a D-Ribose é absorvida na sua forma íntegra pelo intestino por ser uma molécula muito pequena e participa da formação de estruturas químicas no organismo.

 

A D-Ribose otimiza a ação da creatina?

Muitas pessoas acreditam que a combinação é benéfica para os resultados do treino. No entanto, como essas substâncias agem em vias bioquímicas diferentes, na prática, a D-Ribose não otimizaria a ação da creatina no organismo. Mas é importante ressaltar que estudos sobre essa combinação são escassos e são necessárias mais análises científicas para investigar e entender se existe um possível efeito benéfico em consumir os dois suplementos.

 

Quando e quanto consumir de D-Ribose?

Em geral, os rótulos dos suplementos de D-Ribose indicam uma dose de 5 g antes dos exercícios. No entanto, faltam evidências científicas de que o suplemento ofereça efeito positivo no desempenho ou na recuperação dos esportistas.

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